sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

As várias Caririaçu’s espalhadas pelo Brasil

CaririacuOKDT-LimitesCaririacu
Limites do município de Caririaçu
Confesso que sou uma espécie de retirante digital. Frequentemente me pego abrindo as páginas de pesquisas da Internet em procura de peculiaridades referentes à nossa cidade e, digitando no campo de busca, simplesmente a palavra C-A-R-I-R-I-A-Ç-U.  Isso me basta para iniciar uma viagem investigativa sem rumos definidos e sem destino certo. Vez ou outra acabo por me deparar com algo que julgo ser de interesse para este mísero. Foi assim que descobri o fato de Caririaçu fazer parte do território demarcado pelo “Rei do Cangaço”, como seu, o que relato em Caririaçu: Parte do Território do Reino de Lampião, e foi assim também, que encontrei uma curiosidade da qual trataremos aqui, nesta oportunidade.

Você vai concordar comigo que a denominação Caririaçu não é lá tão comum de ser encontrada por aí, e que esse fato, por si, já faz dele um ótimo e instigante título para se doar a um lugar. Mas, não só pela originalidade, este nome nos foi dado por conveniência e não por simples obra do acaso. De fato há um sentido para ele. Em tese, seria um nome ideal para uma cidade que por ventura se situa no cimo de uma serra de onde se avista e pode ser avistado dos recantos mais distantes de uma grande região chamada Cariri. No propósito de fazer referência a essa possibilidade, ao nosso privilégio, recorreu-se então ao empréstimo Tupi-Guarani, do sufixo AÇU, agregando-o a outra para dar-lhe o sentido de grande, que era como se via, lá de cima, todo aquele vale. Assim: [CARIRI + AÇU = CARIRIAÇU], significaria Cariri Grande ou Grande Cariri. Até aí tudo bem, este é o sentido para nosso “Caririaçu”. Agora, caríssimo ledor, quero convidar-lhe a uma viagem a procura de outras Caririaçu`s pelo Brasil tendo em vista a possibilidade de encontra-las onde, possivelmente, nunca se tenha imaginado existirem.

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Tv. Caririaçu, Bairro Seminário, Crato-CE
Vamos descer pelos declives da nossa colina até a sua matriarca, a cidade do Crato, aos pés da Chapada do Araripe, refazendo caminhos traçados a muito pelos antigos moradores da Serra, viajantes que  passavam por essas paragens ou ainda, possivelmente, pelos seus avós e bisavós - Não é muito difícil ouvir deles, histórias nas rodas de conversas sobre essas lentas e cansativas viagens feitas em um período em que o único meio de locomoção ainda eram os lombos de animais como cavalos, burros ou jumentos -  São vários os caminhos e estradas que nos levariam diretamente ao nosso destino pelos limites do Oeste do município, divisa com a vizinhança em questão. Poderíamos desbrava-los ou, ao invés disso, sermos conservadores a ponto de fazermos o já tão movimentado e conhecido caminho pela rodovia estadual, fazendo assim, uma escala na, também vizinha, Juazeiro do Norte, e só depois, com as bênçãos do Pe. Cícero, se debandar para o destino final, o cratense Bairro do Seminário. Nele, dentre tantas outras, cruzando com a Travessa Santana do Cariri, fazendo um paralelo com a Travessa Mauriti, encontrar a Travessa Caririaçu, que aqui chamaremos de nossa “Segunda Caririaçu”. Cientes do passado que nos trouxe até aqui, poderíamos deduzir e afirmar que, se não uma homenagem, este título faz referência a nossa cidade, assim como o nosso “São Pedro do Crato”[1], do passado, fazia à sua então genitora. Além disso, há um grande número de ruas na cidade que carregam nomes de municípios caririenses, o que, digamos, acaba por fortalecer nossa tese.

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Rua Caririaçu, Bairro Jacarecanga, Fortaleza - CE
Navegaremos então a águas mais profundas, mais especificamente, às das praias da terra do sol, da nossa capital cearense. Para isso, uma sugestão seria seguirmos pela rodovia Pe. Cícero[2], e assim, claro, podermos desfrutar por mais uma vez da esplendorosa sensação de, estando de volta, sentir na pele o clima gostoso que sempre se achega a nós, a medida que se vence a inclinação das íngremes ladeiras de São Pedro (…Um belo cartão postal, eu diria!). Porém, por mais que se deseje o contrário, desta vez estaremos  apenas de passagem e, assim sendo, contornaremos essas saudosas elevações em disparada ao próximo destino: a Rua Caririaçu, localizada no Bairro Jacarecanga, um dos mais tradicionais de Fortaleza. Mesmo superficialmente poderíamos atribuir a existência, dessa, a nossa “terceira Caririaçu”, ao fato de ambas partilharem das extensões do mesmo estado.  Porém, Apesar das tantas buscas, não obtivemos êxito na procura de informações que nos remetesse a alguma relação deste gênero, o que nos limita na tentativa de fazer qualquer afirmativa. Mas enfim, pelo menos por hora, essa dúvida pairará na minha e talvez na cabeça do caro leitor aí do outro lado. O fato é que ela está lá e, a exemplo a do Crato, carrega a mesma designação que antes pensávamos ser só nossa.

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Rua Caririaçu, Vila Formosa, São Paulo - SP
Com toda essa conversa sobre cidades e ruas me veio a cabeça uma das maiores cidades do mundo, a grandiosa São Paulo. Onde cada metro quadrado de chão é disputado palmo a palmo por uma multidão. São mais de 11 milhões de pessoas[3], o que faz dela a mais populosa do Brasil e a sexta de todo o Planeta. Quantas ruas terá uma cidade desse porte, 50 mil, 60 mil[4]? Seria demais pensar que pelo menos uma delas pudesse  ter sido nomeada com o nome comum ao nosso? Com certeza, sim. Mas nem sempre as probabilidades se refletem na realidade. Em algum momento elas não se entenderão (probabilidade e realidade), para esses casos é que existem as exceções, para casos como o nosso. Quem poderia dizer que poderíamos encontrar uma rua chamada Caririaçu em plena São Paulo? Pois ela existe e a encontramos no bairro Vila Anália Franco, Distrito da Vila Formosa, na Zona Leste da cidade.

Não que eu a conheça, na verdade ela faz parte de um mundo totalmente estranho. Mesmo com tudo disso, aliado com a distância e a mais remota possibilidade de qualquer relação entre ambas, desta vez, podemos, sim, afirmar que esta faz menção à nossa comuna. Que Caririaçu, uma cidadezinha interiorana do sul cearense, permeada nos aconchegantes climas serranos, possuidora de um grande potencial turístico mal aproveitado e que teve seus últimos dias de fama quando caiu na internet algo sobre uma inauguração absurda de um orelhão (dos males, este seja o menor!), recebeu uma homenagem numa das cidades mais importante do mundo. Quem nos confirmou isso foi o próprio site da prefeitura paulistana, através do seu banco de arquivos históricos, onde há um dicionário de ruas que nos possibilita ter acesso a história e ao significado dos seus nomes. Daí foi só voltar ao princípio, teclar uma simples C-A-R-I-R-I-A-Ç-U, e obter a resposta que vocês veem na imagem abaixo:

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(Pesquisa: Significado da Rua Caririaçu em São Paulo)
Como você já deve ter notado, há um conflito nas informações com relação ao distrito a que pertence. Apesar de apresentado o distrito do Tatuapé neste arquivos, nossas informações é que, na verdade, a  rua Caririaçu está na vila Anália Franco que, por sua vez,  faz parte do distrito da Vila Formosa (Click aqui e veja o mapa).


“Caririaçu, município do estado do Ceará”. Simples e claro. Apesar disso, talvez continuaremos a se perguntar o porquê, o que levaria, seja lá quem foi, a dar essa designação a esse logradouro. E quem seria, que referencia teria para fazê-lo? Em quanto nada mais soubermos  ao respeito, mais uma vez, restaram as dúvidas em meio a certeza que já possuímos. Mas, como há muito clama a sabedoria popular: “mais vale um na mão que dois voando”, então vamos nos contentar.

Voltemos novamente a nós. Talvez todas essas nomenclaturas aqui expostas nada represente para nós e o nosso mundo. É certo que não mudará muito depois de feita esta leitura. De qualquer maneira, é bom sabermos que não estamos só, em caso específico, há mais três Caririaçu’s neste país. Claro, imagino eu, que carregam mais diferenças que mesmo os “algo em comum”, mas, de certa forma, faz-nos sentir da mesma maneira que sentimos quando, sem querer, encontramos alguém que carrega a mesma graça que a nossa. Isso aguça nossa curiosidade em conhecer mais sobre o tal, talvez por tentar ver em que aspectos, além do nome, existe alguma semelhança, se é que ela exista. Digo-lhes que foi isso que me instigou a escrever este artigo, trazer a vocês essa curiosidade. No mais fica a dica aos caririaçuenses (digo, aos da primeira), estando próximos a um destes lugares, caso bata a saudade, visite uma destas vias. Pode ser que haja alguma semelhança, além do comum vocativo, que seja capaz de lhe transportar na sua saudade pela terra que ficou para traz.



[1]Assim era chamada a cidade de Caririaçu ainda quando era um distrito pertencente a município do Crato.
[2] Rodovia alternativa que liga Fortaleza à Região do Cariri, cortando o município de Caririaçu, o que diminui o percurso em cerca de 70 km.
[3]A população de São Paulo foi estimada em 2011, pelo IBGE, em 11. 316. 149 habitantes.
[4] No Site, há uma base de dados com informações referentes aos logradouros públicos oficializados do Município de São Paulo (entre ruas, avenidas, praças, viadutos, etc.), totalizando cerca de 65.000 registros. (Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br)

Imagens: Google Maps

sábado, 29 de setembro de 2012

Nem vou falar de Política

43/366 projectO assunto da vez é política. Todo, ou quase todo mundo esta falando neste assunto. Quer dizer, pra ser realista, quase ninguém fala de política, 99,99% de todo mundo fala mesmo (…E faz), é de politicagem. Essa que é a verdade, a mais impura verdade!

Bem, mas desta vez não virei aqui com aquele meu típico discurso moralista (… esta sim é uma boa notícia, não?!), aquela conversinha chata que costumo infiltrar nos meus pobres artigos, com minhas opiniões idiotas, sobretudo, sobre o que é certo ou errado, (ou, pelo menos, o que acredito ser!), o que deveria mudar, o que poderia melhorar… 

Mas não, hoje não! Pra começar, nem mesmo de política eu gosto. Isso não dá nada a ninguém! Na verdade, o que está escrito aqui é apenas uma maneira que encontrei pra falar que não me interessa e não vou falar desta tal de política, nem de politicagem nenhuma. Continuarei omisso a tudo isso, a essas duas cóleras que nos aflige, como um castigo dos céus onde Deus é quem paga (… No fim de tudo a culpa é sempre dele!). 

Não falarei que não vale a pena trocar o voto por qualquer tranqueira, ou qualquer vintém que possam lhe oferecer, vão em frente: - Quem dá mais, quem dá mais? Eu ouvi uma dentadura? O senhor do lado dá R$ 10,00? O outro ali paga a minha “luz”? Ninguém vai me arrumar um emprego?… Dou-lhe uma, dou-lhe duas! 

Nem tocarei no assunto. Que me importa se esses 99,99%, vão sair por quilômetros de ruas aos pulos e berros só para mostrar sei nem o quê a nem sei quem? Se vão sair às ruas centenas de motoqueiros rocando ao máximo seus motores por dois litros de gasolina? E o que importa se esses motores não mais durarem até chegar em casa? 

Me digam, pra que falar? É um direito de todos colar nas paredes de suas casas um, dois, cinco, dez, quantos cartazes quiserem de seus “santos candidatos” e cortarem os laços de amizade com os seus vizinhos – Sabe, aqueles mesmos que por ventura lhe emprestaram aquela colherzinha de açúcar quando faltou na tua mesa - Ah, mais agora a coisa é diferente não é? O candidato “Fulaninho” vai te dar um milheiro de tijolos; “Beltrano”, uma carrada de areia; Fora outros e mais outros que lhe prometeram telhas, cimento… A casa inteira. Podem começar a escavar o alicerce. O que é uma colher de açúcar diante disso tudo, além do fato dela ser real? De ter adoçado teu momento? Aliás, não se preocupem com o número de lobos oportunistas, a família é grande, dá pra dividir os votos para todos. 

Nestas horas, justamente na hora mais importante e crucial, na hora “H”, ninguém é capaz de lembrar-se de saúde, educação, moradia, segurança, cultura, trabalho, em fim, do compromisso com o social, do compromisso com o povo. Mas essa figurinha é repetida. O voto cabresto só mudou de cara. O sistema sempre vai dar um jeito de meter o bico onde nunca foi chamado, de manipular o povo. O sistema é um “fazedor de coitados”, “construtor de necessitados”. Privam as pessoas dos seus direitos, tiram o que elas tem, ou o que poderiam ter, e plantam nas suas cabeças que precisam destas mesmas coisas, que não vivem sem elas. Fácil como tirar doce de uma criança, tão óbvio como uma receita de bolo. Mais uma pitada de egoísmo e está lá, feito um “coitado”. Agora tudo que um “político” lhe oferecer em troca do seu voto será uma necessidade dele, do coitado, e, com o egoísmo que lhe foi dado, ele não vai se preocupar com mais nada além do seu próprio nariz. Muito conveniente não?! O cômico desta história toda é que não precisam dar nada para receber em troca. Sabe aquela história de dar para receber? Aqui ela se constitui assim: “oferecer para receber”, e isso basta para ganhar eleição. Mas nessas coisas não falo nem sob tortura!

Infelizmente estamos vivendo em um período de recessão de direitos. Principalmente a nossa geração, a geração jovem brasileira, esta abrindo mão dos direitos conquistados as custas de muita luta, tortura e sangue, em embates travados em anos passados. Em anos de glória para povo, em que as músicas indagavam “…Que País é este?”, em que as pinturas retratavam um Brasil almejado, e que os poetas recitavam uma vida melhor, ao menos digna. Utopia? Não sei. o que sei, é que nestes tempos se ganhou muito, até o “direito do voto livre”, vejam! Uma pena é saber que a grande maioria dos que lutaram não puderam desfrutar das suas conquistas e que elas nos foram dadas de cortesia. Talvez essa seja a lástima que nos assombra. Um ditado diz que só se dá valor ao que se conquista com esforço. Temos uma dívida com esses grandes, não tanto pelo que nos deixaram, mais pelo fato de não termos zelado e não darmos prosseguimento ao seu legado. 

Mas não me acusem por estar tocando neste assunto. Não estou falando nada não, Deus me livre! Tenho nada haver com isso! Afinal, vivemos em uma democracia, não é? Então vamos lá, vistam suas camisas e ponham seus bonés. Não esqueçam dos botons. Um no boné, dois na camiseta, bem no lado esquerdo, próximo ao adesivo. Coloquem em punho suas bandeiras e sigam seu caminho para o local de votação mais próximo. Com orgulho no peito, enfrente a fila, e na sua vez, vote! Depois cruze os dedos e torça. Seu futuro depende desse resultado, não é verdade?...


Foto:{M&J}Jessi R (Flickr.com)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Promoção Cartão Monopostal–Caririaçu 136 Anos

Como já tínhamos dito antes…
“[…]Imagine um cartão postal comemorativo dos 136 anos de emancipação do nosso município, uma foto legal… Uma beleza! Isso já seria legal, não é? agora, pra fazer toda a diferença, imagine esse mesmo cartão postal, sendo que agora você possa levá-lo a qualquer que seja o lugar que desejar, mostrar para todos os amigos e se orgulhar da sua terra. Pensou? então continue, acrescente a ele um toque de originalidade, com a nostalgia das lembranças do passado, num objeto inesperado, algo que tenha tudo haver com o caminhar do tempo e a tentativa das pessoas de eterniza-lo! Perguntarei novamente, pensou?[…]”
Promoção Cartão Monopostal–Caririaçu 136 Anos
[CLICK SOBRE A IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA]
Aí esta a nossa “promoção”. Concordo que chega a ser até presunção da minha parte chamar esse sorteiozinho assim, então, sejamos realistas: Está aí o lançamento do nosso sorteio de alguns monóculos… Isso mesmo, sabe aqueles monóculos da sua avó que você adorava ficar vendo enquanto ela lhe explicava quem eram os protagonistas das fotografias em questão? Consegui alguns, sei nem com qual sorte, e aqui estou  a disponibilizá-los para os desbravadores desse blog em forma de um cartão postal, ou como diz o nome da “promoção”: Cartão Monopostal, e nele estarão fotografias de alguns pontos da nossa cidade (Ou, algum ponto da nossa cidade.)

Na verdade, ainda estou pensando em alguns detalhes como, quais as fotografias usar (ou qual fotografia, pois pode ser escolhida apenas uma que represente bem a nossa terrinha), a forma de sorteio, dentre outras coisas, mas como o dia do município já está bem próximo, não me dispus do tempo necessário para finalizar tudo antes de colocar pra vocês esta ideia, então decidi disponibilizá-la assim mesmo e divulgar qualquer atualização posterior nas redes sociais e aqui mesmo neste humilde “bloguinho”.
Mas porque Monóculo e Cartão Monopostal?
Estou usando os monóculos por vários motivos, mas colocarei apenas dois aqui. Primeiro, você vai concordar comigo que eles dão um ar de nostalgia e trazem para nós o passado, ou lembranças do passado. Quem nunca viu ou usou um desses quando criança? O segundo motivo já explica também o porque do “Cartão Monopostal”. Isso porque o uso deles me dá a deixa para alertar da visão adotada e propagada em Caririçu (…Em todos os sentidos!), o que eu chamaria de uma “monovisão” ou uma visão delimitada para um só lado, uma visão falha, na minha concepção e que agora, como já venho fazendo desde a criação deste blog, estou mostrando um outro lado, ou seja, a nossa cidade, como ela é bela e que vale a pena lutar por ela… LUTAR POR ELA!.
Então é isso, espero que gostem e comunguem comigo nesta ideia!

Inscreva-se, click aqui!



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Promoção dos 136 Anos de Caririaçu

Em 2012 Caririaçu completa 136 anos de redenção. Emancipou-se em 1876, mais precisamente no dia 18 de agosto. Há alguns dias esse fato me veio a cabeça e ficou encasquetado nela. Minha mente, coitada, mais parecia um navegador na minha Internet (…Lenta!), quando lhe é solicitada alguma página. Rodava, rodava, rodava, e nada… Quando por ventura respondia alguma coisa, retornava as informações todas desorganizadas e sem nenhuma ornamentação. Coitada da minha cabeça, apesar de ter um tamanho fora dos padrões, não dá para esperar muita coisa dela. Mas nada que a persistência não possa resolver, não é?! Aos carros velhos, que insistem em não pegar, o remédio que resta são os  trancos. A minha mente, apesar da idade cronológica ser de apenas 22 anos,  muitas vezes também necessita de um empurrãozinho na decida da ladeira para poder engrenar.
Esse tremendo esforço foi para tentar associar essa data tão importante aos tão importantes leitores deste blog. Desde de quando foi criado,  este mísero, de uma forma ou de outra, esta dedicado a nossa terra e ao nosso público (Essas pessoas de bom coração que vez por outra adentram às nossas páginas, mesmo sabendo o martírio que vão enfrentar nelas!).
Depois de muito tempo e peleja, quando, em fim, me pus com o cérebro no topo do morro, foi que me surgiu uma ideia: - Eu poderia presentear esses bravos desbravadores! Bem, talvez esta ideia não seja nem um tanto original, afinal, esse tipo de promoção se encontra em qualquer esquina, mas o que esperar destes meus neurônios descompassados? Pelo menos agora eu já tinha uma ideia. Uma ideia e vários problemas, diga-se de passagem, afinal, seja o que fosse, tinha que ser algo legal, diferente e, com certeza, barato, claro, desse item eu não poderia esquecer. Peço-lhes meus caros, que não se sintam ofendidos por conta desse “barato”, acredito que quem conhece esse blog sabe que, por escolha, ele não me remete nem um vintém, e quem me conhece deve saber que também não disponho de recursos financeiros, o que acaba por me limitar nessa empreitada. Outra coisa é que mesmo sem esses tais recursos, gostaria de fazer tudo como nos conformes, como se faz internet a fora, por isso, precisava amadurecer essa nova ideia. E lá se vai minha massa encefálica novamente, derretida lentamente na busca de uma solução que me fosse viável. Afinal, o que poderia ser? Como seria? Mais um belo tranco nas inclinações do pensamento e lá estava, simples, barata e legal, mais uma ideia que com certeza satisfazia todos os requisitos e, eu arriscaria, modestamente claro, original.
Como disse, o meu desejo era fazer algo que relacionasse a nossa cidade aos nossos leitores, tudo  muito originalmente. Então pensei numa coisa que ainda não tinha visto pelas nossas ruas, nosso cotidiano. Claro, porque não! Um cartão postal nos iria cair como uma luva. Mas faltava algo, por si só, um cartão postal ainda era muito comum. Mas uma vez lá vai a cachola trabalhar para melhorar o nosso esboço. Assim, cada vez mais a ideia foi sendo lapidada até chegar no produto que lhes apresento agora:
Imagine um cartão postal comemorativo dos 136 anos de emancipação do nosso município, uma foto legal… Uma beleza! Isso já seria legal, não é? agora, pra fazer toda a diferença, imagine esse mesmo cartão postal, sendo que agora você possa levá-lo a qualquer que seja o lugar que desejar, mostrar para todos os amigos e se orgulhar da sua terra. Pensou? então continue, acrescente a ele um toque de originalidade, com a nostalgia das lembranças do passado, num objeto inesperado, algo que tenha tudo haver com o caminhar do tempo e a tentativa das pessoas de eterniza-lo! Perguntarei novamente, pensou? E, Gostou? Por enquanto isso é tudo que posso revelar para vocês, mas dê seu palpite, em que você acha que se tornou esse cartão postal? Ficou curioso?  Aguardem… Em breve estaremos dando mais informações sobre nossa humilde promoção aqui no blog, na nossa página no Facebook e no Orkut.

O cartão postal citado acima se transformou em "Cartão Monopostal" e vamos sortear alguns para vocês leitores do blog.

Saiba como participar, Click Aqui!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Olhar de um Artista

    Observe esta imagem!
Escultura
Diga-me caro leitor, se lhe fosse pedido para que descrevesse esta imagem, como você o faria? O que diria? Afinal, o que você está vendo?
Um Artista me disse o que via. Aliás, me convenceu da sua verdade. Convicto, transbordo à sua simpatia, levou-me ao seu mundo, singelo e cheio de vida. Quem melhor para descrever estas formas? Qualquer um poderia tentar, mas certamente não iria tão longe. Ninguém mais diria: – Este aqui coitado, veja só, teve seus dois braços amputados, um após o outro, talvez pelo mesmo mal que também acabou por levar uma das pernas. Agora está aí, olhando fixamente para a que lhe resta, e que me parece afetada, a sofrer da mesma cólera.
Foi em visita à nossa cidade-mãe, na exposição do “Cratinho de açúcar”, que me deparei com suas obras e suas explicações dadas para cada uma delas. Esta, como muitas outras, disse a ter encontrado assim mesmo, como aí está. Nada precisou acrescentar a ela, além da face, do brilho, nas pinceladas do verniz, e à vida, esta não através do sopro, mas pelos campos férteis da sua esplendorosa imaginação, traduzida na mais atraente história. Mente digna a de uma criança, da mais sensível e criativa delas.
Cantinho das artes, assim que batizou o lugar de onde emerge suas inspirações. Donde criou Céu e Terra, seu mundo, e o povoou com suas nobres criações. Seres do céu, da terra e da água; Bichos das mais variadas formas e cores, tamanhos e sons; Coisas que habitam o seu dia-a-dia. Tudo representado no mais conciso corte do estilete, seu instrumento, que perfila a madeira, matéria bruta e prima, ou mesmo apenas os veem através do mais simples olhar, no qual enxerga muito mais além do que nós, reles mortais, que nada mais consegue ver além do que se insinua às nossas vistas. 

Nem Deus, nem Quase-Deus, “Mestre” lhe cai melhor. MESTRE GALDINO, Podem chamá-lo assim. Um simpático cratense, fazedor de cultura. Um artista. Ganha a vida fazendo esculturas em madeira, ou adotando as que lhes são dadas, aquelas que são esculpidas naturalmente por Deus, ou pela Mãe Natureza, como queiram, e que só precisam ser notadas, num olhar diferente… O olhar de um artista!

Abaixo mais algumas fotos das esculturas do Mestre Galdino.







[Click sobre a imagem para ampliá-la!] 

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sábado, 21 de julho de 2012

Dia de Renovação - Em Cordel

[Veja nosso artigo sobre as renovações na nossa cidade em As Renovações do Sagrado Coração de Jesus em Caririaçu]


                                                                                                           [Por Evanio Sales]
Chegano a Renovação
o sertanejo de fé
convida os amigos tudo
homi, minino e muié:
- Vá pra reza lá de casa,
pra nóis tomar o café!

E a muié sempre comenta
do rebuliço que dá,
os dias que antecede
o dia mermo de rezá:
 - Muié, só tu mermo veno
como lá em casa tá!

O homi espanô as têia,
tirô as brexa que tinha,
derrubô os cupim tudo,
deixô as linha limpinha.
[...] - E a camadre já aguniada
diz assim: - Vixe Maria!

Mas a muié nem percebeu
que ela queria era atrapaiá
e continuou tagarelando
parou nem pra respirar:

[...]Tapô os buraco das parede,
incimetô os portá,
deixô tudo no jeito
pra depois pudê caiá.
Ói, nem vô dizer mais nada
já dá pra tu imaginar.
tá uma bagunça danada
sei nem por onde começar,
se é por cima ou se é por baixo,
sei que vou ter que arrumá.

Quando chega o grande dia,
ance do galo cantar,
a mãe já agoniada
manda tudim levantá,
divide logo os siviço
que é pra ninguém se escorá.

Os minino fica com a água,
na cacimba vai buscar.
vão logo atráz do jumento,
que é pra puder encangaiá.
- Pega ali as ancoreta de baixo do pé de juá!
Óia, eu vou cuspir no chão
e quando o cuspe secar
já é pra vocês tá de volta
incheno as vazia tudo,
um pé lá e outro cá!

As menina presta atenção,
só vou dizer uma vez,
vocês vão varrer o terreiro
e cuidar dos mais pequeno
esse é o serviço de vocês.

É peleja o dia todo
pra deixar tudo no jeito
revira a casa, limpa tudo
do avesso ao direito
faz comida das melhor
tem que ser tudo perfeito.

As horas vão passando
o povo começa chegar
os mais próximos vem mais cedo
que é pra puder jantar.
Vem  amigo e vem  família
e quem num precisa chamar.

- Olhe! Diz o anfitrião,
- A rezadeira chegô!
Chegô também foi a hora
quero que faça silencio
quem for fica ai fora,
quem for rezar entre logo
que a reza vai ser agora.

Entre um bendito e outro
vem sempre uma oração,
estoura um fogo lá fora:
- Viva ao Sagrado Coração!
Viva também ao Padim Ciço,
Nossa Senhora e São José
E o povo gritando - Viva!
aplaude com muita fé.
Mas pra fazer gaiateza,
como alguem que nada quer,
lá de fora berra um gaiato:
- Viva ao bolo e o café!

E assim termina a reza
vem a hora do café
mas é tudo organizado
primeiro é a vez das muié.

Depois o dono da casa
sai gritando nos terreiro
- Quem for homi pode entrar,
e os minino é derradeiro!

Mas os homi incabulado
vão entrando de pouquim.
Entre uma mesada e outra
tem que adular quem num que vim.
Daquela ruma de gente
num dá pra chamar o nome
então o jeito é sair gritando
- Pode entrar o resto dos homi!

Quando entra os minino
é que a farra se completa
o cafezeiro logo grita
- Agora começa a festa!
Pode logo enchendo os bulhe
e completando as vazia
que esses minino come,
se deixar, até o outro dia.

E num é mentira não
a mininada é presepera
vai fazendo repeteco
quer comer a noite inteira

Entre um gole do café
e uma bolacha na boca,
um punhado vai nos bolso
que estão por toda a roupa.

Óia é caso de polícia
as ropa desses minino.
É boço por todo canto
desafia as lei da física
tem gente que ignora
chama logo de mundiça
outros dão é gargalhada:
- Eita minino artista!

E assim acaba tudo
todo mundo vai indo embora
e as muié tudo dizendo:
- Comade, inté ôta hora.
Essa frase é conhecida
muita gente desaprova
diz que é só pra vê se ganha
um agradim desta senhora.
Eu mermo não sei de nada 
mas tem gente que ignora
diz que muitas fica ali
se senta e até se escora
faz de tudo, vira a gota
e num quer ir lá pra fora
só sai quando leva junto
o desjejum que quase implora.
Ôxe, e fica agoniada
quando a comade demora
e enquanto não consegue
volta e meia ela repete:
- Comade, inté ôta hora!

A renovação representa
a cumplicidade que há
entre a religiosidade do povo
e a cultura popular.
não poderia ser contada
de nenhuma outra maneira
tinha que ser com o verso
como que em brincadeira.

Mas poeta não sou ainda
e talvez nunca vou ser
estou aqui improvisando
e é você quem vai dizer:
Eu possuo algum talento,
ou é melhor esquecer?!


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Paróquia de São Pedro: A sua Gênese

Em Festa de São Pedro: Contando mais esta História, fizemos uma breve explanação sobre os festejos, sejam eles religiosos ou não, que acontecem no período dos oito dias que antecedem o dia dedicado ao Santo, o dia 29 de junho, e a relação com os conterrâneos da Serra que, distantes por algum motivo,  aproveitam esse período para retornar a terra natal, mesmo que num curto período de permanência (E, com certeza, não haveria melhor ocasião para isso!). 

Desta feita, nos debruçaremos agora por sobre a história de como nos foi dado o apadrinhado do Guardião das Chaves do Céu, ainda no século XIX, bem como, da criação da paróquia.







 Foto [01]: Matriz de São Pedro - Fev. de 1962





Em 1870, Caririaçu não passava de um pequeno povoado, por nome de São José - Me soa estranho o contato com este invocativo, não por total falta minha ou descriminação ao Santo, mas por ouvir, desde criancinha, o nome da minha cidade sempre atrelado ao do seu santo, São Pedro, assim aprendendo, de forma a trazer sempre, por força do hábito, os dois títulos de uma só vez, mesmo quando me é solicitado apenas um deles. Além disso, não me parece de total complacência, que tal povoação cravada no cume da serra chamada São Pedro, levasse outro nome se não o da mesma. - Mesmo assim, os fatos são estes, mas não apenas estes, em 09 de Novembro de 1870 criava-lhe ali uma nova freguesia¹, à lei 1362, agora formalizando a denominação de São José, que lhe fora concebida outrora e, talvez por comodidade, dando-lhe como Orago o próprio Santo Carpinteiro.

Mas, como se diz, para tudo se há uma explicação, mesmo que esta seja de forma empírica ou que ainda não tenha tido a oportunidade de ser investigada minuciosamente e então elucidada para que, desta forma, possa deixar o campo do achismo para se recompor às clarezas da nossa História. É desta maneira, empiricamente, que nos é apresentado o esclarecimento, até então pertinente, da nossa questão. Diz-se que tal denominação fora dada ao sítio, quando lá se instalara, José Joaquim de Santana, ao erguer por ali uma casa, entorno da qual, reza a lenda, se formara a vila. Supõe-se então que seu ato foi em veneração ao santo do qual  lhe foi dado o nome, ou talvez pelo desejo de que fosse-lhe erigido o seu nome, sempre que se falasse naquele local, como muito ainda se faz nos dias de hoje, sobretudo, nos empreendimentos familiares.

Voltamo-nos então ás formalidades das nossas Leis. A provisão Canônica que dava o aval da Igreja à criação da freguesia, bem como do seu orago, ambos por nome São José, como citado, só veio a sair em 17 de Abril de 1871, cerca de cinco meses depois da Lei que os criara. Algum tempo depois, porém, dava-se conhecimento da mudança do patrono para São Pedro, bem como, do nome do lugar que, Ainda assim continuaria a levar o do  padroeiro, mas desta vez, juntar-se-ia à imponente Serra, na qual se plantara, na homenagem ao primeiro dos Papas Católicos.

Mas esta não foi a última mudança ocorrida por essas bandas desde 1870. De lá até cá, já se perfilam quase 142 anos (2012), e São Pedro continua a guardar seus devotos da Serra, porém não se pode afirma o mesmo da denominação do lugar que já fora trocada por varias ocasiões, essas talvez por birra ou desentendimentos, entre idas e vindas da sua emancipação. O certo é que elas fizeram-no chegar ao que temos nos dias de hoje: CARIRIAÇU.

Os dizeres populares nada mais são que frutos de experiências vividas por quem os proclamam ou deveras os criou. Um deles vem nos dizer que "Ao que se consegue com facilidade não se dar o devido valor". Pois bem, está aí uma tese que descreveria, e muito bem, a devoção prestada pelo povo caririaçuense ao seu "Santo de Casa". Sim porque não fora de simples provimento que se fez perseverar aqui a nova paróquia. Em 1879, nove anos após a sua criação, era então transferida para o povoado de Juazeiro, hoje Juazeiro do Norte. Isso em detrimento á lei 1837 de 17 de Setembro (Estão aí outros moldes que me trariam demasiada estranheza, no exercício da fala, ou mesmo do ouvir de um próximo, a menção para aquele centro religioso como "Paróquia de São Pedro de Juazeiro do Norte"!). Este provimento desencadeou um movimento popular na vila. Apoiados pelas autoridades locais, o povo emanava a prerrogativa de que, mesmo transferida, aquela sede não iria a lugar algum. Desta feita, a lei a transferiu, mas não foi do agrado do povo que protestou. Com isso a sansão episcopal não veio e até hoje, como se vê, continua Caririaçu com seu apóstolo Pedro e Juazeiro com Nossa Senhora das Dores, que recebera posteriormente, e o Padre Cícero, tido como seu fundador. 

Aliás, o célebre Padre é também um ícone desta história. Ele foi o quarto vigário da sucessão dos dez que estiveram à frente da vida religiosa de Caririaçu até aqui. O primeiro foi o Padre Manoel Carlos da Silva Peixoto, nomeado na mesma data da provisão, em 1871. Inicialmente realizava seus ofícios em casa, na rua grande, onde hoje se realiza as reuniões do legislativo municipal. Foi o responsável pela edificação da capela primária, que deu lugar a sublime matriz dos nossos dias, que se ostenta no centro da praça, esta dada a ela mesma por aclamação da comunidade: - Praça da Matriz. Atualmente as incumbências sobre ela estão sob as responsabilidades do Padre Cláudio Lemos. (Mas, deixemos para próxima. Em outra oportunidade será dado o enfoque merecido aos nossos reverendos!). 

O caminhar do tempo tratou de fincar as raízes do paroquiato da nossa cidade. Desde a povoação até aqui, mudou-se a denominação e o patriarca, os sacerdotes, a sede - se fez necessárias revoltas e lutas (Essas que andam a nos fazer falta!), por isso. Podemos observar, a partir de anos mais recentes, o envolvimento maior da própria comunidade, ou das próprias comunidades, falando assim de  toda extensão territorial do município desmembrado pelos seus sítios e distritos, com sua Igreja, onde muitas vezes os próprios moradores trataram de alavancar suas capelas e dar inicio aos seus trabalhos - e estas já são muitas cada qual com seu santo a prestar devoção - estreitando assim seus vínculos com sua Matriz. Desenvolveram-se os mais variados tipos de labutas pastorais: crianças, jovens, casais, oração, esses e muitos outros objetos são tratados nas designações. O último feito alcançado recentemente, à custa de muito trabalho - dentre eles, grandes mutirões dos seus devotos - foi a construção do Carmelo São José, vinculado á Ordem 3° de Nossa Senhora do Carmo, inaugurado recentemente, pela paróquia, onde já algum tempo vivem algumas irmãs carmelitas (O tempo leva, ele mesmo traz... Vejam São José novamente nos nossos patrocínios!).




[1] A menor divisão administrativa (equivalente ao distrito que temos atualmente). Antigamente era um misto de organização religiosa e política. Após a separação da Igreja e do Estado, as freguesias passaram a ser conhecidas como paróquia.

Foto [01] - Fonte: Biblioteca do IBGE - Acervo do IBGE disponível na Internet em biblioteca.ibge.gov.br

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Olá Cultura, como vai? – Encantado! (Passagem da Cia. Carroça de Mamulengos por Caririaçu)


Este vídeo, encontrei em mais uma das minhas andanças pela rede e simplesmente me encantei. Procurei mais informações e descobri que ele é o resultado de um dia inteiro de atividades realizadas no Centro Cultural Raimundo de Oliveira Borges, na Praça Padre Augusto e nas principais ruas da cidade, realizadas pela Cia. Carroça de Mamulengos, no dia 18 de Março, durante a Turnê Cariri 2012, com Cinearte Sarau. Vejam como foi a programação:

Caririaçu – CE
9:00 – 23:45
18/04, quarta-feira
9h00 às 11h00: Oficina de Perna de Pau
15h00 Cortejo pela cidade
19h00 Espetáculo “ Felinda” Local Praça Padre Augusto
20h15 Cinearte Sarau Filme “O Palhaço” de Selton Mello
21h45 Projeção  “Cinearte Sarau  e Carroça  Mamulengo em Caririaçu”



Mais informações acessar: www.carrocademamulengos.com.br
                                         cineartesarau.com.br

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Alegria de um Anjo - HOMENAGEM


Homenagem a Cicélio Sales Rocha, In Memoriam, na ocasião da sua missa de sétimo dia (14/05/2012).  


Os ventos da Serra que em outros momentos, tanta alegria nos trouxe, desta vez as levou consigo. Passou para lá, para cá, mas como num suto de egoísmo nem lembrou que ainda estávamos aqui, que o esperávamos ansiosamente, e, como se não bastasse, num toque sutil, no mais leve sopro, acabou por levar consigo a que possuíamos.

E agora, como viver sem você, “Alegria”? Você ainda não percebeu a falta que vai fazer? Ah alegria, você está deixando muitas lembranças... Maravilhosas lembranças! Pra ser sincero, esse é o único tipo de lembrança que alguém como você poderia proporcionar, não é verdade?... Maravilhosas, nada menos que isso. O problema agora, é que todas as vezes que as trouxermos à nossa memória, estaremos nos confrontando com uma intrusa inconveniente que não hesitará em nos macularmos, fazer doer nossas almas. 


“Alegria”, como ficaremos sem suas brincadeiras? Como serão os domingos lá em casa? E os dias na sua? E se não nos acostumarmos sem sua rotina e acordarmos todos os dias exatamente no momento em que você estaria se pondo de pé para sua lida diária? Se nos pegarmos contando com você para mais um momento de descontração ou para pedir-lhe um conselho? Lembra-se daquele sobrinho, que se dizia jogar futebol e que você, incrédulo, falava que queria vê-lo fazer, ou mesmo fazê-lo com ele? Duas crianças, era assim que você e Vanda mais pareciam quando em suas brincadeiras, além disso, sempre se dizia ser o melhor em tudo, e talvez fosse mesmo, até quando queria dar um nome carinhoso a alguém o fazia com maestria. Quem hoje não chama o REJO de REJO? Pois é, antigamente o REJO era REGI, e isso mudou por uma das suas graças. Então, como se acostumar com o vazio que está sendo deixado por você?

São tantas as incertezas permeando os nossos corações, que, a cada dia, a angústia parece tomar, ainda mais, conta de nós. Porém, sabemos que não seria nada agradável para você, saber, ver ou ouvir, a qual situação de fraqueza se encontramos, pois apesar de tudo, o que você mais queria era ver a sua família, e todos os que estavam a sua volta, felizes. Assim, se explica a sua personalidade, um poço de felicidade, esbanjada a todo momento para contagiar quem estivesse em seu entorno. Talvez, você acreditasse que essa seria a melhor maneira de transformar os seus, fazê-los melhor, desta forma, concluímos que sua vida inteira foi dedicada ao seu próximo. Mas como pode alguém passar todos os seus dias pensando em outra pessoa que não seja ela mesma? É incrível, mas é assim mesmo que deve ser visto, pois, quantas vezes, mesmo sem querer, mesmo por um mínimo instante, um coração possivelmente amargurado, doído ou mesmo em prantos não foi acalmado por um simples sorriso seu? Se é impossível uma coisa dessas não sei, talvez seja mesmo, para nós mortais. Não para anjos, sim porque, só os anjos agem assim e só eles tem uma permanência tão curta entre nós.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

“Do Anoitecer a Paisagem”

 Fotos – Por Dedé Cavalcante 

 

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Fim de tarde F. Cavalcante Caririaçu OKDT


Por do Sol.
O beijo de fim do dia  dado pelo astro rei à nossa terra.
< vista noturna F. Cavalcante Caririaçu OKDT



À Noite. Visão noturna da Serra de São Pedro: esplêndida.

Luz da lua cidade F. Cavalcante Caririaçu OKDT





Luz da Lua. Visão privilegiada do astro de um ponto da nossa cidade.
Pôr do sol Sitio Caboclo F. Cavalcante Caririaçu OKDT



Nuvens e Raios. Céu do Sítio Caboclo tocado pelo intenso alaranjado do sol.
pôr do sol sitiocaboclo 02062012



À Tardinha. Sol no campo, intenso e agraciador - Sítio Caboclo.
festa de S. Pedro F. Cavalcante Caririaçu OKDT
Pirotécnico. Queima de Fogos na última noite da Festa de São Pedro 2012, dia 29 de Junho.
Vista do Sitio Flor F. Cavalcante Caririaçu OKDT


Do Auto. Visão da cidade de Juazeiro do Norte a partir  do sítio Flor – Caririaçu

 




  • Fotos publicadas sob concentimento do autor, a quem deixo os Meus Sinceros Agradecimentos;

  • Todos os direitos estão reservados ao mesmo;

  • Contato Dedé Cavalcante (No facebook), ou acessem o blog www.lainnois.blogspot.com.