sábado, 29 de setembro de 2012

Nem vou falar de Política

43/366 projectO assunto da vez é política. Todo, ou quase todo mundo esta falando neste assunto. Quer dizer, pra ser realista, quase ninguém fala de política, 99,99% de todo mundo fala mesmo (…E faz), é de politicagem. Essa que é a verdade, a mais impura verdade!

Bem, mas desta vez não virei aqui com aquele meu típico discurso moralista (… esta sim é uma boa notícia, não?!), aquela conversinha chata que costumo infiltrar nos meus pobres artigos, com minhas opiniões idiotas, sobretudo, sobre o que é certo ou errado, (ou, pelo menos, o que acredito ser!), o que deveria mudar, o que poderia melhorar… 

Mas não, hoje não! Pra começar, nem mesmo de política eu gosto. Isso não dá nada a ninguém! Na verdade, o que está escrito aqui é apenas uma maneira que encontrei pra falar que não me interessa e não vou falar desta tal de política, nem de politicagem nenhuma. Continuarei omisso a tudo isso, a essas duas cóleras que nos aflige, como um castigo dos céus onde Deus é quem paga (… No fim de tudo a culpa é sempre dele!). 

Não falarei que não vale a pena trocar o voto por qualquer tranqueira, ou qualquer vintém que possam lhe oferecer, vão em frente: - Quem dá mais, quem dá mais? Eu ouvi uma dentadura? O senhor do lado dá R$ 10,00? O outro ali paga a minha “luz”? Ninguém vai me arrumar um emprego?… Dou-lhe uma, dou-lhe duas! 

Nem tocarei no assunto. Que me importa se esses 99,99%, vão sair por quilômetros de ruas aos pulos e berros só para mostrar sei nem o quê a nem sei quem? Se vão sair às ruas centenas de motoqueiros rocando ao máximo seus motores por dois litros de gasolina? E o que importa se esses motores não mais durarem até chegar em casa? 

Me digam, pra que falar? É um direito de todos colar nas paredes de suas casas um, dois, cinco, dez, quantos cartazes quiserem de seus “santos candidatos” e cortarem os laços de amizade com os seus vizinhos – Sabe, aqueles mesmos que por ventura lhe emprestaram aquela colherzinha de açúcar quando faltou na tua mesa - Ah, mais agora a coisa é diferente não é? O candidato “Fulaninho” vai te dar um milheiro de tijolos; “Beltrano”, uma carrada de areia; Fora outros e mais outros que lhe prometeram telhas, cimento… A casa inteira. Podem começar a escavar o alicerce. O que é uma colher de açúcar diante disso tudo, além do fato dela ser real? De ter adoçado teu momento? Aliás, não se preocupem com o número de lobos oportunistas, a família é grande, dá pra dividir os votos para todos. 

Nestas horas, justamente na hora mais importante e crucial, na hora “H”, ninguém é capaz de lembrar-se de saúde, educação, moradia, segurança, cultura, trabalho, em fim, do compromisso com o social, do compromisso com o povo. Mas essa figurinha é repetida. O voto cabresto só mudou de cara. O sistema sempre vai dar um jeito de meter o bico onde nunca foi chamado, de manipular o povo. O sistema é um “fazedor de coitados”, “construtor de necessitados”. Privam as pessoas dos seus direitos, tiram o que elas tem, ou o que poderiam ter, e plantam nas suas cabeças que precisam destas mesmas coisas, que não vivem sem elas. Fácil como tirar doce de uma criança, tão óbvio como uma receita de bolo. Mais uma pitada de egoísmo e está lá, feito um “coitado”. Agora tudo que um “político” lhe oferecer em troca do seu voto será uma necessidade dele, do coitado, e, com o egoísmo que lhe foi dado, ele não vai se preocupar com mais nada além do seu próprio nariz. Muito conveniente não?! O cômico desta história toda é que não precisam dar nada para receber em troca. Sabe aquela história de dar para receber? Aqui ela se constitui assim: “oferecer para receber”, e isso basta para ganhar eleição. Mas nessas coisas não falo nem sob tortura!

Infelizmente estamos vivendo em um período de recessão de direitos. Principalmente a nossa geração, a geração jovem brasileira, esta abrindo mão dos direitos conquistados as custas de muita luta, tortura e sangue, em embates travados em anos passados. Em anos de glória para povo, em que as músicas indagavam “…Que País é este?”, em que as pinturas retratavam um Brasil almejado, e que os poetas recitavam uma vida melhor, ao menos digna. Utopia? Não sei. o que sei, é que nestes tempos se ganhou muito, até o “direito do voto livre”, vejam! Uma pena é saber que a grande maioria dos que lutaram não puderam desfrutar das suas conquistas e que elas nos foram dadas de cortesia. Talvez essa seja a lástima que nos assombra. Um ditado diz que só se dá valor ao que se conquista com esforço. Temos uma dívida com esses grandes, não tanto pelo que nos deixaram, mais pelo fato de não termos zelado e não darmos prosseguimento ao seu legado. 

Mas não me acusem por estar tocando neste assunto. Não estou falando nada não, Deus me livre! Tenho nada haver com isso! Afinal, vivemos em uma democracia, não é? Então vamos lá, vistam suas camisas e ponham seus bonés. Não esqueçam dos botons. Um no boné, dois na camiseta, bem no lado esquerdo, próximo ao adesivo. Coloquem em punho suas bandeiras e sigam seu caminho para o local de votação mais próximo. Com orgulho no peito, enfrente a fila, e na sua vez, vote! Depois cruze os dedos e torça. Seu futuro depende desse resultado, não é verdade?...


Foto:{M&J}Jessi R (Flickr.com)

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