sábado, 17 de agosto de 2013

Caririaçu 137 anos, Que Deus a abençoe… Sempre!

Bandeira_CaririaçuOKDT

Estive por algum tempo distante disto tudo aqui, porém como numa forma de instinto, alguma coisa me fez voltar. Me trouxe de volta no tempo certo de lançar um desejo, a Deus, aos deuses, ao cosmos, sei lá: Caririaçu muitas Bênçãos para você, seu povo, sua gente.

A propósito, acho que nem sei bem do que estou falando. O Wikipédia (A enciclopédia livre), me disse que a bênção constitui um desejo benigno e sugere efeito no mundo espiritual, afetando o mundo físico, para que, assim, o desejo se cumpra. Deu um nó nos “miólos”, mas tudo bem, quem (além de estudantes preguiçosos), vai dar credibilidade ao Wiki (sentiu a intimidade?)? Fique com a definição empírica de seus pais para, como soa aos nossos ouvidos, a “bença”, e que seja esta também a do meu desejo para a cidade que há 137 anos habita o cume da Serra de São Pedro e ao município que se estende por vales, planícies, rios, riachos, matas e vários outros topos de serras, onde se encontram seus filhos nas suas casas, seus sítios, suas vilas, suas vidas; seus costumes, suas crenças, seus medos; suas alegrias, suas tristezas, suas dores. Em suma a cidade é todo esse mundo. Então que seja um mundo inteiro de bênçãos, e se não o for, se for apenas um Jardim, que seja, desde que esteja um jardim molhado¹ de bênçãos.


¹Alusão ao título da música do cantor caririaçuense João Kior: Jardim Molhado do Sertão
Fontes citadas: http://pt.wikipedia.org/Bênção

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pe. Vicente: Chegada de seu corpo à matriz de São Pedro

Vídeo mostra a chegada do corpo do Monsenhor Vicente Alves Feitosa à matriz de São Pedro. Nos braços do povo que ele mesmo conduziu por 41 anos, e não mais o abandonou desde então. Na noite de ontem adentrou pela última vez no seu templo, ele que de agora por diante será sua morada eterna. Paz e Bem, Pe. Vicente. Vai em Paz.







>>>Vídeo Por Alexandre Silva

terça-feira, 7 de maio de 2013

Cicélio Sales Rocha - 07/05/2013, Um Ano de Saudade




Por Joice Rocha

 

E se completa um ano sem você! Não ouvimos mais sua voz, não sabemos o que se passa em seu coração, não ouvimos teus planos, não temos mais a tua presença nas ocasiões de família.
 
Cada um daqueles que você deixou caminha para buscar o seu próprio destino. O vazio que ficou após sua partida, aqueles que te amam jamais poderá esquecer!
 
Hoje lamentamos muito a tua ausência e quando nossos corações não suportam tanta saudade, deixamos que nossos olhos nos ajudem a amenizar a dor.
 
Caminhamos unidos, dando um passo a cada dia. Vivemos cada momento pensando que você gostaria de nos ver com a mesma alegria que transbordava de você... Mas não superamos sua ausência, convivemos com ela. 

Você marcou a vida de todos aqueles que te conheceram a nossa principalmente, pois era do seu lado que víamos uma pessoa que sempre estava feliz com a vida, com um sorriso no rosto, com brincadeiras, com palavras carinhosas e conselhos bem pensados. É com a tua imensa alegria que queremos viver, haverá momentos que iremos chorar sim, somos humanos que vivemos momentos ruins e bons. 

Lembro-me que você chorava até nos momentos de mais pura alegria. Choramos com a alegria que nos invade a mente quando lembramos de você. 
 
Você sempre estará em nossos corações... ETERNAS SAUDADES.



Veja Ainda >>> A Alegria de um Anjo - HOMENAGEM (07/05/2012)


domingo, 10 de março de 2013

Costumes: O “Dar a Benção” e a relação de respeito ao qual nos remete

Pedir a bênção, ou dar a bênção, é um costume muito tradicional em várias regiões do Brasil, sobretudo, no interior do Nordeste. Hábitos como este estão arraigados nas memórias das famílias e na experiência dos seus patriarcas, responsáveis pelo processo de transferência das suas práticas adquiridas ao longo da vida para os seus. Estas que, da mesma maneira, foram recebidas dos seus pais, avós ou até pelos mais velhos da comunidade, que fizeram parte do seu convívio no passado, e que claro, como hoje mesmo contam, prezavam muito por respeito, principalmente, dos mais jovens para com os que viveram “alguns janeiros” a mais que eles. 

A bênção é um sinal de respeito. Por aqui, pelos altos das Colinas de São Pedro, ela ainda povoa os hábitos de muitas famílias. Os filhos pedem-na aos pais, os netos aos avós, afilhados aos padrinhos e sobrinhos aos tios. Mesmo que nunca tenham se visto na vida, o primeiro contato será sempre este, e se não o fizer, alguém logo trata de tomar partido: “- Você já deu a benção?”. Aliás, se apenas destes, depender a perpetuação desse rito, certamente a sua extinção não ocorrerá tão cedo. Prova disso, é a repreensão que costumamos receber quando não cumprimos com nossas obrigações:
- “Num” tem mãe mais não? Cadê a benção?  
E quando finalmente atendemos a exigência:
 - “Bença” mãe?!
Responde:
 - Deus te dê vergonha!


Geralmente pedimos a benção usando os mesmos termos: “Bença pai!”, “Bença mãe!”, a resposta é que às vezes varia. Por exemplo, quando se toma a bênção de um bebê ainda pagão, muitos dizem: “Deus te leve pra pia!” (Obviamente, trata-se da pia batismal!); crescido mais um pouco, diz-se: “Deus te crie para o bem!”; após, generaliza-se em: “Deus te abençoe!”; ou variações como: “Deus te faça feliz!” e “Deus te dê boa sorte!”, dentre outras. 

Pede-se ou dar-se a bênção à noite, antes de dormir, e ao levantar-se; também quando se chega, quando se sai ou quando se encontram em qualquer que seja o lugar. Nos últimos casos, o diálogo, ou mesmo quando este não venha a ser iniciado de fato, precede-se sempre com o pedido, seguido da rogação de que Deus lhe venha abençoar. Isso, simultaneamente a um forte aperto de mãos que sela a troca de respeito entre as partes. Em alguns casos, ainda seguras uma a outra, beija-se a parte externa da mão um do outro em um gesto maior de admiração. Mesmo quando a ocasião não permite a eventual aproximação, é comum que se estenda a mão aberta na direção um do outro, em um ato que, simbolicamente, se equivale ao aperto de mãos. 

Mais do que um simples gesto, apesar de muitas das vezes o realizarmos de maneira empírica ou aleatória, sem dar as devidas atenções, as bênçãos de cada dia serve para lembrarmos respeitosamente dos familiares que nos cercam e da sua importância na nossa existência. A mãe que abençoa quando o filho retorna a sua casa, na verdade pode esta dizendo, em outras palavras: - Seja bem vindo, meu filho (a). E da mesma forma na saída, no apertar do seu coração: - Vai com Deus, Deus te acompanhe.

Atos como estes fazem parte da nossa identidade enraizada na simplicidade de valores nascidos através da percepção de nossos antepassados. Se para muitos, não passam de caretices do passado, se visto mais de perto, faz-nos perceber, a grandiosidade desses valores que são transmitidos através dele, ou seja, sua essência, que pelas mudanças comportamentais e inversões de valores, principalmente dos jovens “modernos”, perdem cada vez mais força.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Nós Precisamos de Heróis?

Outro dia li um título que encabeçava um artigo de jornal, o qual trazia a negativa de que não necessitaríamos de heróis. Sem pensar em mais nada, nem ler o que via adiante daquela frase, me deixei levar pelos meus precipitados pensamentos que logo trataram de dar um contexto para aquilo que via através dos meus olhos, o que ainda nem tinha lido; se não, a reformulação do mesmo ao meu bem querer. Nesta ocasião, diria eu, que fui traído por mim mesmo, ou pelo meu pensar, que de tão torto, deu-me uma interpretação longínqua do que me era exposto naqueles dizeres. Apesar disso, reitero que de tudo não me foi apenas prejuízo, já que dele vali-me para constituir o rótulo, que lhes esta exposto acima. 

Enfim, quando deixei correr meus olhos por aqueles traçados foi que me dei por conta do real comunicado que, insistiam a me passar. Acho que nunca foi tão difícil para uma escrita meter numa cabeça o que realmente queriam expressar (nada de surpresas aqui, já que essa era a minha!). Ao fim da leitura, agora inteirado de fato, posso dizer que, em termos gerais, o autor referia-se ao feito, ou a mania, de darmos voto de heróis àqueles que, mesmo em atitudes louváveis ou evidenciáveis, nada mais fazem que cumprir o seu próprio dever, o que lhes é incumbido. É o caso, por exemplo, de um cidadão que por ventura encontre uma determinada quantia e que posteriormente venha a devolvê-la ao seu verdadeiro dono. Não era de se esperar outra atitude da parte dele, porém, talvez pela inversão de valores a qual vivemos, acaba por se tornar algo, de surpreendente a incomum. 

Uma coisa é ler e entender o que se balbuciou, outra bem diferente é imaginar ou desejar encontrar algo lá, que na verdade não se tem. Assim me encontrei diante daquela página, não frustrado, pois, se é que possui alguma valia o que me meto a dizer agora, este era um ótimo artigo; de um profissional, claro; mas inconsolado pelo impacto que esperei e não me veio. Por isso foi que decidi juntar algumas meias palavras do meu desafortunado vocábulo, no intuito de passar o que me encobriu a mente na leitura daquela frase, para você, paciente leitor, que por fazer grande uso desta virtude, conseguiu chegar até aqui, e que, creio eu, com mais alguma, poderá seguir até o próximo parágrafo, no qual partilho minha reflexão. 

O “Herói” do meu Letreiro na verdade é um ser similar aos heróis da ficção, com algumas poucas diferenças, é claro; e é claro também, que elas estão a favor dos superpoderosos que nos acostumamos ver nos cinemas. Noutra oportunidade, em [Nem Vou Falar de Política], falei algo sobre “como se criar um coitado”. Pois bem, a receita para se criar um tal “herói” parte do mesmo princípio, só que desta vez, em ordem inversa e empurrando-o goela abaixo. Perdoe-me a eloquência das palavras anteriores, elas exprimem mais do que o necessário. Esse “goela abaixo” é, na verdade, mais manso do que se pode imaginar.

As pessoas, não me pergunte o porquê, mantêm um sestro de criar os seus imortais e se prostrar aos seus pés como se fossem divindades. De qualquer maneira que esteja, por pior que esteja, sempre prevalecerá a lei do amém. Todo sopro vindo da sua boca, toda decisão, toda ordem; cumpra-se tudo! Parece existir uma necessidade absurda de se ter algo, ou alguém, acima de si. Claro, em grande parte, desde que estes estejam, também, suprindo suas necessidades, de sorte que a maioria são de gosto particular. 

Sim, porque tais heróis estão por toda parte, respeitados, bajulados e vistos bem mais do que necessário; e se revezam neste posto. Deveria ser surpreendente a maneira com que tudo acontece. Diria que no decorrer de algum período qualquer, pré-determinado, nascem-se uns quaisquer que em meio tempo tomará posse do trono e prestígio de um ex-herói, dantes elegido e aclamado, agora gozando de declínio mórbido. Mal que, certamente, ou melhor, com certeza, também falecerá esse novo ciclo. Sim, meus caros, um novo ciclo que se sobrepõe por sobre o antigo, ao nascer, que crescerá e, como já disse, padecerá da mesma cólera. São ciclos errantes, esses, que nascem e morrem. No último caso, para alguns se perpetuam, pois se se foram hoje, amanhã estarão embainhados na bainha de um outro herói que ajudará a maquiar em outra oportunidade. 

Para esses, e para os próprios heróis, o fictício representa situações reais, tangíveis, propícias ao seu bel prazer. Para os tantos outros, o clamor, a ladainha se perpetua. A reciprocidade cuida em estabelecer seus cuidados. Desses outros, têm-se a convicção de antes, de ciclos antigos, vagos, talvez, até frustrantes, expressada por palavras firmes, de apoio, de entrega, de esperança. Esses mesmos, induzidos, exaltam os heróis de agora, como os repudiaram noutro dia, ao mesmo tempo em que massacram os ex-heróis com a mesma boca e mesmos membros que o louvaram dantes.

Fica a questão, então. Precisamos destes heróis? Ou ao menos, precisamos endeusa-los?


Foto: Luizhim (www.flickr.com)