Em Festa de São Pedro: Contando mais esta História, fizemos uma breve explanação sobre os festejos, sejam eles religiosos ou não, que
acontecem no período dos oito dias que antecedem o dia dedicado ao Santo, o dia 29 de junho, e
a relação com os conterrâneos da Serra que, distantes por algum motivo,
aproveitam esse período para retornar a terra natal, mesmo que num curto período
de permanência (E, com certeza, não haveria melhor ocasião para isso!).
Desta feita, nos debruçaremos agora por sobre a
história de como nos foi dado o apadrinhado do Guardião das Chaves do Céu,
ainda no século XIX, bem como, da criação da paróquia.
|
Mas, como se diz, para tudo se há uma explicação,
mesmo que esta seja de forma empírica ou que ainda não tenha tido a
oportunidade de ser investigada minuciosamente e então elucidada para que,
desta forma, possa deixar o campo do achismo para se recompor às clarezas da
nossa História. É desta maneira, empiricamente, que nos é apresentado o
esclarecimento, até então pertinente, da nossa questão. Diz-se que tal
denominação fora dada ao sítio, quando lá se instalara, José Joaquim de
Santana, ao erguer por ali uma casa, entorno da qual, reza a lenda, se formara
a vila. Supõe-se então que seu ato foi em veneração ao santo do qual lhe
foi dado o nome, ou talvez pelo desejo de que fosse-lhe erigido o seu nome,
sempre que se falasse naquele local, como muito ainda se faz nos dias de hoje,
sobretudo, nos empreendimentos familiares.
Voltamo-nos então ás formalidades das nossas Leis.
A provisão Canônica que dava o aval da Igreja à criação da freguesia, bem como
do seu orago, ambos por nome São José, como citado, só veio a sair em 17 de
Abril de 1871, cerca de cinco meses depois da Lei que os criara. Algum tempo
depois, porém, dava-se conhecimento da mudança do patrono para São Pedro, bem
como, do nome do lugar que, Ainda assim continuaria a levar o do
padroeiro, mas desta vez, juntar-se-ia à imponente Serra, na qual se plantara,
na homenagem ao primeiro dos Papas Católicos.
Mas esta não foi a última mudança ocorrida por
essas bandas desde 1870. De lá até cá, já se perfilam quase 142 anos (2012), e
São Pedro continua a guardar seus devotos da Serra, porém não se pode afirma o
mesmo da denominação do lugar que já fora trocada por varias ocasiões, essas
talvez por birra ou desentendimentos, entre idas e vindas da sua emancipação. O
certo é que elas fizeram-no chegar ao que temos nos dias de hoje: CARIRIAÇU.
Os dizeres populares nada mais são que frutos de
experiências vividas por quem os proclamam ou deveras os criou. Um deles
vem nos dizer que "Ao que se consegue com facilidade não se dar o devido
valor". Pois bem, está aí uma tese que descreveria, e muito bem, a devoção
prestada pelo povo caririaçuense ao seu "Santo de Casa". Sim porque
não fora de simples provimento que se fez perseverar aqui a nova paróquia. Em
1879, nove anos após a sua criação, era então transferida para o povoado de
Juazeiro, hoje Juazeiro do Norte. Isso em detrimento á lei 1837 de 17 de
Setembro (Estão aí outros moldes que me trariam demasiada estranheza, no
exercício da fala, ou mesmo do ouvir de um próximo, a menção para aquele centro
religioso como "Paróquia de São Pedro de Juazeiro do Norte"!). Este
provimento desencadeou um movimento popular na vila. Apoiados pelas autoridades
locais, o povo emanava a prerrogativa de que, mesmo transferida, aquela sede
não iria a lugar algum. Desta feita, a lei a transferiu, mas não foi do agrado
do povo que protestou. Com isso a sansão episcopal não veio e até hoje, como se
vê, continua Caririaçu com seu apóstolo Pedro e Juazeiro com Nossa Senhora das
Dores, que recebera posteriormente, e o Padre Cícero, tido como seu fundador.
Aliás, o célebre Padre é também um ícone desta história. Ele foi o quarto vigário da sucessão dos dez que estiveram à frente da vida religiosa de Caririaçu até aqui. O primeiro foi o Padre Manoel Carlos da Silva Peixoto, nomeado na mesma data da provisão, em 1871. Inicialmente realizava seus ofícios em casa, na rua grande, onde hoje se realiza as reuniões do legislativo municipal. Foi o responsável pela edificação da capela primária, que deu lugar a sublime matriz dos nossos dias, que se ostenta no centro da praça, esta dada a ela mesma por aclamação da comunidade: - Praça da Matriz. Atualmente as incumbências sobre ela estão sob as responsabilidades do Padre Cláudio Lemos. (Mas, deixemos para próxima. Em outra oportunidade será dado o enfoque merecido aos nossos reverendos!).
O caminhar do tempo tratou de fincar as raízes do paroquiato da nossa cidade. Desde a povoação até aqui, mudou-se a denominação e o patriarca, os sacerdotes, a sede - se fez necessárias revoltas e lutas (Essas que andam a nos fazer falta!), por isso. Podemos observar, a partir de anos mais recentes, o envolvimento maior da própria comunidade, ou das próprias comunidades, falando assim de toda extensão territorial do município desmembrado pelos seus sítios e distritos, com sua Igreja, onde muitas vezes os próprios moradores trataram de alavancar suas capelas e dar inicio aos seus trabalhos - e estas já são muitas cada qual com seu santo a prestar devoção - estreitando assim seus vínculos com sua Matriz. Desenvolveram-se os mais variados tipos de labutas pastorais: crianças, jovens, casais, oração, esses e muitos outros objetos são tratados nas designações. O último feito alcançado recentemente, à custa de muito trabalho - dentre eles, grandes mutirões dos seus devotos - foi a construção do Carmelo São José, vinculado á Ordem 3° de Nossa Senhora do Carmo, inaugurado recentemente, pela paróquia, onde já algum tempo vivem algumas irmãs carmelitas (O tempo leva, ele mesmo traz... Vejam São José novamente nos nossos patrocínios!).
Aliás, o célebre Padre é também um ícone desta história. Ele foi o quarto vigário da sucessão dos dez que estiveram à frente da vida religiosa de Caririaçu até aqui. O primeiro foi o Padre Manoel Carlos da Silva Peixoto, nomeado na mesma data da provisão, em 1871. Inicialmente realizava seus ofícios em casa, na rua grande, onde hoje se realiza as reuniões do legislativo municipal. Foi o responsável pela edificação da capela primária, que deu lugar a sublime matriz dos nossos dias, que se ostenta no centro da praça, esta dada a ela mesma por aclamação da comunidade: - Praça da Matriz. Atualmente as incumbências sobre ela estão sob as responsabilidades do Padre Cláudio Lemos. (Mas, deixemos para próxima. Em outra oportunidade será dado o enfoque merecido aos nossos reverendos!).
O caminhar do tempo tratou de fincar as raízes do paroquiato da nossa cidade. Desde a povoação até aqui, mudou-se a denominação e o patriarca, os sacerdotes, a sede - se fez necessárias revoltas e lutas (Essas que andam a nos fazer falta!), por isso. Podemos observar, a partir de anos mais recentes, o envolvimento maior da própria comunidade, ou das próprias comunidades, falando assim de toda extensão territorial do município desmembrado pelos seus sítios e distritos, com sua Igreja, onde muitas vezes os próprios moradores trataram de alavancar suas capelas e dar inicio aos seus trabalhos - e estas já são muitas cada qual com seu santo a prestar devoção - estreitando assim seus vínculos com sua Matriz. Desenvolveram-se os mais variados tipos de labutas pastorais: crianças, jovens, casais, oração, esses e muitos outros objetos são tratados nas designações. O último feito alcançado recentemente, à custa de muito trabalho - dentre eles, grandes mutirões dos seus devotos - foi a construção do Carmelo São José, vinculado á Ordem 3° de Nossa Senhora do Carmo, inaugurado recentemente, pela paróquia, onde já algum tempo vivem algumas irmãs carmelitas (O tempo leva, ele mesmo traz... Vejam São José novamente nos nossos patrocínios!).
[1] A menor divisão administrativa
(equivalente ao distrito que temos atualmente). Antigamente era um misto de
organização religiosa e política. Após a separação da Igreja e do Estado, as
freguesias passaram a ser conhecidas como paróquia.
Foto [01] - Fonte: Biblioteca do IBGE - Acervo do IBGE disponível na Internet em biblioteca.ibge.gov.br
Foto [01] - Fonte: Biblioteca do IBGE - Acervo do IBGE disponível na Internet em biblioteca.ibge.gov.br